A Educação a distância na região Norte
A região norte do Brasil é composta por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, uma das regiões que se industrializaram tardiamente e consequentemente os investimentos no cenário educacional também foram mais escassos que na região Sul e Sudeste. Caracteriza-se pela sua enorme extensão, possuindo uma área de 3.869.637 km², e por apresentar maior dificuldade no acesso físico, com estradas precárias e é muito comum apresentar longas distâncias entre os centros urbanos. Dadas estas circunstâncias, é uma região com ensino precário em todas as etapas e modalidades, mas principalmente na educação superior.
No cenário nacional as instituições de ensino, sofreram diversas mudanças nas últimas décadas, as estruturas sociais foram modificadas e não suportaram os impactos muitas fecharam, outras se reinventaram em face de orçamentos mais apertados, o impacto das inovações tecnológicas, as mudanças da clientela, as demandas estudantis, o isolamento acadêmico, e a menor demanda do mercado, tudo isso culminou para uma nova forma de ensino que cresceu muito e que vem se expandindo cada vez mais.
Estamos nos referindo a Educação a distância (EAD)
Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.
(Portal do Mec)
Diante desse cenário a educação a distância ganhou espaço, visto que em algumas cidades a única forma de cursar um curso superior é a distância. A EAD é uma modalidade que ganhou força em todo país principalmente na região norte, e Rondônia que por ser um estado novo e carente de educação superior, a educação a distância se popularizou em cidades que até então não era possível ter acesso somente em cidades mais desenvolvidas como: Ariquemes, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Cacoal e na capital Porto Velho. O que oportuniza para os estudantes de realizar o sonho de ter um diploma de nível superior.
A EAD tornou-se uma parte importante do mundo educacional com as tendências que apontam para um crescimento contínuo, e as instituições da educação superior procuraram responder aos desafios da Educação a Distância através da adoção de uma série de abordagens que efetivamente praticam essa modalidade de ensino.
Os alunos, muitas vezes, preferem a EAD porque lhes permite um horário mais flexível do que os programas tradicionais de educação, assim concedendo que gerenciem mais facilmente as exigências de suas carreiras e sua formação.
O ensino a distância tradicionalmente tem-se centrado nos estudantes não tradicionais, como trabalhadores, em sua maioria pessoas em regiões remotas que estão incapazes de participar do ensino tradicional em sala de aula.
O custo-benefício também contribui muito para ampliação da EAD, pois as mensalidades são muito mais acessíveis do que as faculdades presenciais, visto que as instituições a distância conseguem transmitir aulas virtuais para todo o Brasil de uma forma muito econômica e distribuir matérias de forma muito mais baratos.
Para Costa
O sucesso ou fracasso do programa em Educação a distância depende da otimização dos recursos tecnológicos disponíveis, formação de educadores para adequação ao uso pedagógico da tecnologia, da garantia de acesso da população envolvida, bem como da prontidão dos esquemas de manutenção, além, certamente, do entendimento de que EAD é um processo educacional centrado no aluno.
A educação a distância abrange um cenário muito amplo, pois o estudante tem a responsabilidade de organizar seus horários, mediado pelas mídias sociais a flexibilidade oportuniza que:
os processos que permeiam a aprendizagem virtual possibilitadas por meio das propostas em EaD não significam isolamento, pois devem, obrigatoriamente, propiciar a interação com outros, possibilitando ao aluno e ao professor o acesso a outras perspectivas que inicialmente eram ignoradas ou pouco conhecidas, pois só assim torna-se possível a aprendizagem.
(KNOLL (2013), p. 91)
Esse modelo de educação vem evoluindo cada vez mais e abrangendo novas áreas e profissões, o que requer do MEC uma fiscalização mais eficaz pois as críticas a EAD também têm crescido muito, pois existe muito preconceito com os estudantes que se formam desvalorizando seus diplomas uma vez que as faculdades presenciais também sofreram diversas alterações no seu modelo educacional.
Referências:
BARRETO, L. Educação a distância: perspectiva histórica. Revista Estudos, Brasília: ABMES, v. 17, n. 26, p. 15-22, 1999.
BRASIL. Censo 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=10&uf=00. Acesso em: 10 de fevereiro de 2014.
BRASIL. Ministério da Educação. Censo da educação superior: 2011 – resumo técnico. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2013. 114 p. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/censo-da-educacao-superior. Acesso em: 30 de abril de 2014
COSTA, C. J.; PIMENTEL, N. M. O Sistema Universidade Aberta do Brasil na Consolidação da Oferta de Cursos Superiores a Distância no Brasil. Campinas: ETD – Educação Temática Digital, v.10, n.2, p.71-90, 2009.
KNOLL, A. C. G. Organização do Trabalho Pedagógico em EAD. Instituto Federal do Paraná, Curitiba, 2013